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terça-feira, 24 de setembro de 2013

Epístola de Judas


Esta curta epístola, porém de linguagem enérgica, foi escrita contra os falsos mestres, que eram abertamente contra a doutrina da santificação e que zombando, rejeitavam a revelação divina a respeito da Pessoa e da natureza de Jesus Cristo, segundo as Escrituras (Jd 4). Dessa maneira, dividiam as igrejas, concernente a (Jd 19 a, 22) e quanto à conduta (Jd 4,8,16). Judas descreve esses homens vis como “ímpios” (Jd 15), que “não têm o Espírito” (Jd 19).
O possível relacionamento entre Judas e II Pedro 2.1-3.4 depende do fator data do primeiro. O mais provável é que Judas tinha conhecimento de II Pedro (Jd 17,18) e, daí, sua epístola se situaria posteriormente, isto é, entre 70-80 d.C. Não está esclarecido sobre os destinatários, mas podem ter sido os mesmos de II Pedro.

Propósito: Judas escreveu esta carta, para, com empenho, advertir os crentes sobre a grave ameaça dos falsos mestres e sua influência destruidora nas igrejas; e para conclamar todos os verdadeiros crentes a resolutamente “batalhar pela fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).

Visão panorâmica: Seguindo-se à saudação (Jd 1,2), o autor revela que sua primeira intenção era escrever sobre a natureza da salvação (Jd 3a). Todavia, em vez disso, ele foi movido a escrever sobre o assunto que se segue, por causa dos mestres apóstatas que estavam pervertendo a graça de Deus e, ao agirem assim, corrompiam a verdade e o caminho da retidão nas igrejas (Jd 4). Judas os acusa de impureza sexual (Jd 4,8,16,18), liberais como Caim (Jd 11), cobiçosos como Balaão (Jd 11), rebeldes como Coré (Jd 11), arrogantes (Jd 8,16), enganosos (Jd 4 a ,12), sensuais (Jd 19) e causadores de divisões (Jd 19). Afirma a certeza do julgamento divino contra todos que vivem em tais pecados e ilustra esse fato com seis exemplos do Antigo Testamento (Jd 5-11). Os doze fatos descritivos da vida deles revelam que a medida do seu pecado está cheia para o julgamento divino (Jd 12-16). Os crentes são despertados a crescer na fé e a ter compaixão com temor, no tocante àqueles que estão vacilando na fé (Jd 20-23). Judas termina com palavras de louvor a Deus, de grande inspiração, ao impetrar a sua bênção (Jd 24,25).

Características especiais: Quatro características principais estão nesta epístola:
1. Contém a incriminação mais vigorosa e direta do Novo Testamento sobre os falsos mestres. Chama a atenção de todas as gerações para a gravidade do perigo constante da falsa doutrina contra a genuína fé e a vida santa;
2. Exemplifica o caso de ilustrações tríplices, três exemplos de julgamento tirados do Antigo Testamento (Jd 5-7), uma descrição tríplice dos falsos mestres (Jd 8) e três exemplos de homens ímpios, tirados do Antigo Testamento (Jd 11);
3. Sob a plena influência do Espírito Santo, Judas fez menção de vários escritos:
a) As Escrituras do Antigo Testamento (Jd 5-7,11); b) As tradições judaicas (Jd 9,14,15); c) Citando diretamente II Pedro 3.3, que ele confirma como procedente dos apóstolos (Jd 17,18).

4. Contém a bênção mais sublime do Novo Testamento.

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