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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

O Movimento G12 (Aula IBE dia 29/08/2013)



Movimento que propõe crescimento das igrejas através de células. A proposta é a realização de reuniões nos lares (casas) com 12 pessoas, baseado modelo inicial dos 12 apóstolos. Segundo pensam, será esse o modelo para crescimento da Igreja no futuro. É um movimento falso, que tem levado muitas pessoas desprovidas de raízes no evangelho ao erro. G-12 é um movimento neopentecostal, que tem assumido práticas esotéricas e espíritas, tais como: regressão psicológica e liberação de perdão a Deus.
Os conceitos teológicos do G-12 acerca do Homem diante de Deus, pecado, igreja, santidade são ensinos antibíblicos. Empregam eles métodos psicológicos (controle da mente), e é extremamente perigoso, pois pode trazer inúmeros problemas psicológicos a médio e longo prazo aos participantes.
Fundado pelo pastor César Castelhanos Dominguez, da Colômbia, fundador da igreja "Missão Carismática Internacional”, declara-se como uma igreja evangélica, com sede em Bogotá, Colômbia.
Segundo Castelhanos, surgiu de uma pretensa "visão" em 1991, que era uma orientação para que ele trouxesse ao mundo o "novo modelo" de crescimento de igreja para o futuro. Veja a tônica da visão de Castelhanos: “... nesta ocasião, escutei o Senhor dizendo-me: 'Vais reproduzir a visão que tenho dado em doze homens, e estes devem fazê-lo com outros doze, e estes por sua vez em outros doze'".
Aqui no Brasil, o movimento é representado no Brasil por Valnice Milhomens e pelo pastor René Terranova, e agora vem se espalhando por todo o Brasil.
No ano de 1999, Valnice trouxe César Castelhanos ao Brasil para uma convenção em São Paulo, onde 3.500 pastores de todos os segmentos evangélicos, representando todos os estados da federação se fizeram presentes, e foi a partir daí que a visão de Bogotá tornou-se conhecida no Brasil, sendo aderida por muitos.
Os encontros (seu discipulado), forma utilizada pelo movimento G-12, para alcançar adeptos, os tais não são nada mais do que uma lavagem cerebral. Geralmente são retiros de vários dias.
Os encontros e pré-encontros são realizados periodicamente, e o candidato a adepto só participa dos encontros depois de superar as fases iniciais que poderão capacitá-los a ser membros do movimento.
O que acontece nos encontros é expressamente proibido ser divulgado pelos participantes, dando ao movimento ideia de uma sociedade oculta. Quando se recebe algo bom, o que mais se deseja é anunciar a todos, o próprio Cristo disse que anunciássemos as Boas Novas, porém no G-12, é totalmente ao contrário, as experiências lá vividas não podem ser divulgadas a ninguém.

Programa celular: É um modelo de igreja em célula, ou organização da igreja em pequenos grupos nos lares que se multiplicam. O pastor David Yonggi Cho, da Coréia do Sul, usa um sistema semelhante, de grupos familiares; trata-se de reuniões em pequenos grupos nos lares, escritórios ou em qualquer lugar com o objetivo de evangelização e edificação. Em muitas igrejas é usado tal sistema, com estudos sadios da Palavra de Deus.
No G-12 esses grupos são chamados de C.A.F.E. (Célula de Adestramento Familiar e de Evangelismo). O sistema usado pelo G-12 nada tem de errado, o que está errado é o conteúdo que é apresentado e ensinado nas reuniões familiares do G-12.

Objetivo do G-12: É uma tentativa diabólica de enfraquecer igrejas e lideranças. Pois, cria um novo método de evangelização, de liturgia e até uma nova linguagem de pregação, sendo que nas células não se pode passar de 12 pessoas. Nas células fazem recolhimento dos dízimos e de ofertas e têm autonomia de batizar os novos cidadãos do grupo, dentro de algumas situações como distância e tempo. Mas isso deixa claro que o objetivo do movimento dos 12 é enfraquecer a Igreja em massa, enfraquecer lideranças, pois não tendo grandes igrejas, não existirão grandes líderes.

Os que aderem ao G-12: São os crentes ingênuos, que conhecem muito pouco a doutrina bíblica da salvação, pessoas que querem ter novas experiências; (pessoas que não conseguem ter uma realização espiritual em outras igrejas são presas fáceis destes movimentos) pastores frustrados com a liderança de igrejas sem perspectivas, sem projeção.


Erro do G-12: Um dos grandes erros do G-12 é desejar arrogar para sio status de revelação única e exclusiva de Deus na terra. Outro grande erro é querer que o encontro produza santificação a todo custo, e ainda os confunde com conversão. Com isso, não cremos que tal movimento seja uma opção sadia para igrejas comprometidas com sã doutrina bíblica.

A Teologia do Movimento Neo-Pentecostal (Aulo do IBE dia 29/08/2013)



Fé na Fé: Pensemos, o que é fé? Seria apenas um passo no escuro ou pode ser considerada um salto para dentro da luz? A fé é uma força? As palavras podem ser os receptáculos dessa força? E, como direcionar minha fé? Devo dirigi-la para dentro - fé em minha própria fé? Ou, em vez disso, deixar que Deus seja o objeto dessa fé?
Ao discorrer sobre Deus, é Ele um ser dotado de fé? Seria um bom conhecedor de fórmulas infalíveis de fé? Ao fazer tais perguntas, pode alguém ensinar-nos a chegar ao “hall da fama” da Fé?
Larry e Lucky Parker ouviram a mensagem da Fé durante anos. Conheciam praticamente de cor as fórmulas da Fé. Sua trágica narrativa foi corajosamente publicada em 1980, pela Harvest House. O livro deles, intitulado We Let Our Son Die (“Nós Deixamos Nosso Filho Morrer”), conta como foram eles enganados por essa falaciosa teologia da fé. Não omitindo os detalhes mais sutis e dolorosos, eles escreveram de que maneira suspenderam as aplicações de insulina no filho diabético. Como não poderia deixar de ser, Wesley entrou em estado de coma.
Os Parkers, advertidos de quão impróprio era ceder a uma “confissão negativa”, continuaram a fazer uma “confissão positiva” da cura de Wesley, até a hora de sua morte. E, mesmo depois da morte do garoto, os Parkers, não desanimando em sua “fé”, efetuaram um culto de ressurreição, em vez do serviço fúnebre exigido pela circunstância. De fato, por quase um ano após a fatídica morte, eles se recusaram a abandonar sua fé - apegando- se a ela com todas as forças —, achando que Wesley, à semelhança de Jesus, haveria de ressuscitar dos mortos. Finalmente, tanto Larry quando Lucky foram levados a julgamento e condenados por homicídio e abuso contra uma criança.
Centenas de relatos, tal qual esse, poderiam ser reunidos, sem deixar a desejar em nada a emoção e tristeza que envolve esse. Em cada caso desses a moral é sempre a mesma: um conceito distorcido da fé sempre leva ao naufrágio e à morte - algumas vezes no sentido espiritual, outras no físico.
Para fazermos uso de uma figura, a fé é fundamental na confecção dum belo tapete que podemos chamar de cristianismo. Colocada desta forma, ela serve bem à consideração cuidadosa das falsas doutrinas que sistematicamente têm desfiado o dito tapete e com isso desestruturado a fé de milhões.
Senão todos, a grande maioria que defende a teologia da fé, acaba por adotar conceitos antibíblicos tão perigosos que são capazes de bloquear as faculdades naturais de discernimento do ser humano. Alguns casos, esses conceitos têm origem em seitas; em outros, prendem-se indissoluvelmente ao mundo do ocultismo.
Vejamos alguns conceitos amplamente difundidos dos “maiores” mestres da Fé, aqueles que redefiniram completamente o conceito de fé aceito de forma ortodoxa. Não apenas definem fé como uma força, mas também, chegam ao ridículo extremo de afirmar que as palavras são o receptáculo dessa força. Não, infelizmente não é piada, isso é literalmente afirmar que a mera “confissão” de termos expressa uma “fé” capaz de mover montanhas (o que não passa nem perto da definição bíblica).
Como podemos verificar as mensagens atualmente estão repletas destas fórmulas de fé que não funcionam e que, não obstante, foram canonizadas pelo Movimento da Fé. Igualmente é visível que o “Deus” do Movimento da Fé não é o verdadeiro Deus. E meramente uma marionete patética, governada pela força impessoal da fé.
Quando se trata da teologia da Fé, a verdade com frequência é mais estranha do que a ficção. Apesar de que milhões de adeptos não chegam ao ponto de permitir a morte dos filhos, eles continuam a aplaudir doutrinas cujas consequências são devastadoras, e, diga-se de passagem, os tais adeptos apenas não permitem as citadas consequências porque são incoerentes com o que creem. Marilyn Hickey, outro charlatão da “fé”, ensina as pessoas a falarem a seus corpos:
Diga a seu corpo: “Oh, corpo, estás são! Funcionas tão bem e harmoniosamente! Ora, corpo, nunca tens quaisquer problemas. Tu és um corpo forte e saudável”. Ou então “fale à sua perna, ou ao seu pé, ou ao seu pescoço, ou às suas costas; e uma vez que tenha falado, crendo que recebeu, não retroceda mais. Fale com sua esposa, fale com seu marido, fale às suas circunstâncias; use palavras de fé para criar as circunstâncias e Deus fará aquilo que você tiver dito”.

A Força da Fé: Kenneth Copeland, considerado uma das grandes autoridade dentro desse pretenso movimento, crê tão cegamente que chegou a cunhar a expressão “força da fé”, que veio a ficar extremamente conhecida pelo contínuo uso. Inclusive ele chegou a escrever um livro com esta exata expressão, para difundior ainda mais esta tão mortal heresia.
Vejamos de que maneira Copeland aborda o assunto: “A fé é uma força poderosa. E uma força tangível. É uma força condutora”. Ele diz ainda que de forma semelhante ao fato de a força da gravidade fazer a lei da gravidade funcionar, “é essa força da fé que faz funcionar as leis do mundo espiritual”.

A Verdadeira Fé: A verdadeira fé bíblica (no grego, pistis) envolve três elementos essenciais. O primeiro é o conhecimento. O segundo é a concordância. Mas somente quando acrescentamos o terceiro elemento, a confiança, é que conseguimos obter uma perspectiva bíblica completa da fé.
Imagine a seguinte comparação, digamos que você seja adepto dos ensinos sectários de Kenneth Copeland. Você pode vir a conhecer um livro que contenha refutações as doutrinas de Copeland; pode até mesmo concordar que esse livro lhe oferece uma exata explanação dos ensinos de Copeland; mas isso não mudará nada em sua vida até que você deixe de se envenenar, crendo (confiança) que tais ensinos apenas o conduzem para o mundo escuro das heresias.
Portanto, que diferença faz uma definição apropriada de fé? Faz toda a diferença do mundo. Quando você confia na Palavra, age de acordo com ela! Quando confia no homem, age segundo ele. Basta relembrar a tragédia de Larry e Lucky Parker, que puseram sua confiança numa mentira e deixaram seu filhinho morrer. Para cada exemplo de morte física, há centenas de exemplos invisíveis de suicídio espiritual.
Dentre todos os que se assentam num culto da Fé, onde se espalham sementes similares de erro, milhares têm colhido um resultado mortífero. Alguns, à semelhança de Larry e de Lucky, têm encontrado de novo o caminho de volta para a fé bíblica. Mas um sem número de outras pessoas têm sido deixadas ao léu, sem saber para onde se virar ou em quem confiar.
Não se deixe enganar pelas pomposas afirmações destes lobos travestidos de ovelhas, o movimento da fé é mortífero e está desempenhando muito bem este papel, conduzindo milhões a lona espiritual, quando não física.

A Fórmula da Fé: Na teologia da Fé, a fé é uma força. Ela é a substância da qual o Universo foi feito e também a força que faz funcionar as leis do mundo espiritual.
Mas como fazer com que essas leis funcionem para você? Por meio de fórmulas, dizem, as quais não somente fazem funcionar as leis do mundo espiritual, mas também servem de causa à ação do Espírito Santo em favor de você. Na prática isto transforma Deus em mero mensageiro que apenas se manifesta devido ao uso de “fórmulas mágicas” ditas por seus “fiéis”.
As fórmulas de fé são o elemento chave do movimento. Exatamente por isso que o Movimento da Fé também tem sido chamado de Movimento da Confissão Positiva. A doutrina da Fé ensina que as confissões servem para dar efeito à fórmula da fé, fazendo com que o mundo espiritual se mova a favor de quem as usa. As confissões positivas ativam o lado positivo da força (dualismo de forças bem e mal); e as confissões negativas ativam o seu lado negativo. Duma perspectiva prática, pode-se dizer que a lei espiritual (que rege todas as coisas na esfera da eternidade) é a verdadeira força do Universo. Num livro chamado Two Kinds of Faith (“Dois Tipos de Fé”), E. W. Kenyon insiste que “é a nossa confissão que nos governa”.
Hagin em uma ocasião queixou-se de que homens não regenerados obtinham resultados mais satisfatórios com suas fórmulas de fé do que os membros de sua igreja. Foi quando percebeu o que elas faziam. Ele conta o relato em seu livrete, Having Faith in Your Faith (“Tenha Fé na Sua Fé”). Esses pecadores estavam “cooperando... com a lei da fé”. E, como não poderia deixar de ser, a verdadeira intenção do movimento veio à tona, pois Hagin então afirmou que as riquezas desse mundo estão a distância de uma confissão positiva.
Eis por que Hagin ensina sua gente a ter fé na fé, em oposição a ter fé em Deus. “Ajudá-lo-á a obter fé no seu espírito o pronunciar em voz alta: ‘Fé na minha fé’. Continue a dizê-lo até que fique registrado em seu coração. Eu sei que soa estranho quando você diz isso pela primeira vez; sua mente rebela-se. Porém, não estamos falando de sua cabeça; estamos falando sobre a fé em seu coração”.
Hagin então apela para Marcos 11.23, que diz: “Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te e lança-te no mar, e não duvidar em seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito”. Disse ainda: “Note mais duas coisas sobre este versículo: (1) Crê em seu coração, (2) Acredita em suas palavras. Em outros termos podemos dizer: Tem fé em sua própria fé... Ter fé em suas palavras é ter fé em sua fé”.
O mais básico dos ingredientes da fórmula da fé são as nossas palavras. As palavras governam! E através delas que aprendemos a ativar a força da fé. Esta é precisamente a razão pela qual a teologia da Fé é referida como “nomeie-o e reivindique-o”, ou “tagarele e aposse-se disso”.

A Fé de Deus: Nada é mais crucial para nosso conceito de fé do que a devida compreensão da natureza de Deus. De fato, a própria palavra “teologia” deriva-se dos termos gregos theos, que significa “Deus”, e logos, que quer dizer “palavra” ou “discurso”. De modo que, a teologia nada mais do que é um discurso sobre Deus.
Na teologia cristã Deus é considerado o Soberano do Universo. Ele é descrito como “espírito”, perfeitamente sábio, auto-suficiente, onipotente e onisciente. Não é assim, todavia, que Ele é descrito na teologia sectária do Movimento da Fé. Segundo suas profanas afirmações Deus não passa e um “ser dota do de fé”, enquanto o homem se torna o grande soberano. Deus é retratado como um títere patético, na cauda e traseira de sua criação. O deus da Fé tem altura e peso, é tido como um fracasso, limitado pelas leis do mundo espiritual e dependente da força da fé. É um deus impotente, em lugar de todo-poderoso; limitado e restrito, em vez de infinito e onisciente. Em outras palavras, o deus do Movimento da Fé não é o mesmo Deus da Bíblia.
Como Deus é desnudado em sua onipotência e roubado em sua onisciência pelos mestres da Fé? Convencendo seus adeptos de que retiram da Bíblia suas afirmações blasfemas. Mostrando muito pouca originalidade, os mestres da Fé tiram os mesmos coelhos do mesmo chapéu. Por muitas e muitas vezes eles citam os trechos de Marcos 11.22 e Hebreus 11.3.

A Distorção do Ortodoxo Conceito da Expiação Vicária: Em termos gerais existem algumas teorias a respeito da expiação, vejamos algumas:

A) Resgate pago a Satanás - herética (Orígenes – 185-254) – A morte de Cristo satisfez as acusações de Satanás contra o homem;

B) Recapitulação (Irineu – 130-202) – Jesus viveu todos os estágios da vida humana revertendo o curso determinado por Adão. Sua obediência compensou a desobediência de Adão;

C) Satisfação (Anselmo de Cantuária – 1033-1109) – A morte de Cristo foi o pagamento que satisfez as exigências de Deus em vista da ofensa do pecado. Os méritos de Cristo são transferidos aos que creem;

D) Influência moral - herética (Abelardo – 1079-1142) – Não expiou pecados, mas demonstrou o grande amor de Deus a fim de gerar no homem um amor responsivo e uma mudança ética;

E) Exemplo – pelagiana (Fausto Socinio – 1539-1604) – Não expiou pecados, mas revelou a fé e a obediência para um caminho de vida eterna a ser seguido pelos homens;

F) Neo-ortodoxa (Karl Barth – 1886-1968) – A morte de Cristo foi, principalmente, a revelação do amor de Deus e seu ódio ao pecado;

G) Substituição penal (João Calvino – 1509-1564) – Cristo, que não tinha pecado, tomou sobre si a penalidade que deveria ser imputada aos homens.

Antes de verificarmos suscintamente as distorções dos mestres da fé sobre o assunto, vejamos em poucas palavras uma narração do que vem a ser a doutrina ortodoxa da expiação (misto entre Satisfação e Substituição Penal).
Sucintamente, a expiação significa que Cristo, em sua morte sacrifical sobre a cruz, resolveu completamente o problema do pecado humano. Em seu corpo, sobre a cruz, ele “nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós” (G1 3.13). Cristo, o modelo de virtudes, tornou-se o Cordeiro sacrifical sobre quem os pecados do mundo foram postos. Apesar de, na prática, Jesus Cristo ter sido perfeito e impecável, quanto à posição, foi feito pecaminoso - todo o nosso pecado foi a Ele creditado. Por outro lado, enquanto na prática não passamos de pecadores, toda retidão de Cristo é a nós creditada pela fé. Assim, mediante seu sacrifício expiatório, somos contados como posicionalmente justos aos olhos de Deus.
1 – Recriação Sobre a Cruz: em poucas palavras deixemos que Benny Hinn nos esclareça do que se trata tal assertiva:

“Senhoras e senhores, a serpente é um símbolo de Satanás. Jesus Cristo sabia que a única maneira de parar Satanás era tornar-se uno em natureza com ele. Talvez você diga: “Que foi que ele disse? Que blasfêmia é essa?” Não. Ouça isto! Ele não tomou meu pecado; ele tornou-se meu pecado. O pecado é próprio do inferno. Foi o pecado que gerou Satanás... O pecado é que fez Satanás. Jesus disse: "Eu serei pecado! Irei ao mais profundo lugar! Alcançá-lo-ei na origem!" Quando Jesus tornou-se pecado, senhores. tomou-o de A a Z e disse: “Nunca mais!” Pense nisso: Ele tornou-se carne, para que a carne se tornasse como ele. Ele tornou-se morte, para que homens moribundos pudessem viver. Ele tornou-se pecado, para que pecadores possam ser justos nEle. Ele assumiu a natureza de Satanás, para que todos quantos tinham a natureza de Satanás pudessem participar da natureza de Deus”.

Mas, pode isso ser verdade? Devemos realmente aceitar essa “revelação"? Observemos mais de perto o sentido da palavra "pecado" em II Co 5.21.
Em primeiro lugar, os eruditos concordam que a palavra “pecado", nessa passagem, é usada num sentido abstrato. Eles são unânimes em afirmar que a expressão “ele o fez pecado" é usada como uma metonímia (uma palavra ou frase em substituição a outra com a qual mantém um vínculo significativo) para Cristo “ao levar a pena por nossos pecados”. O expositor T. J. Crawford ressalta que "não pode haver dúvidas de que a expressão é metonímica, visto que é impossível que Cristo (ou qualquer outra pessoa) fosse feito, literalmente, pecado". Interpretar essa passagem como se Cristo fora transformado em pecado é desnudar o Salvador da sua condição pessoal e reduzi-lo a uma abstração. É uma noção não só antibíblica, mas absurda também em termos de lógica.

2 – Redenção no Inferno:

Nas palavras de Frederick K. C. Price, vejamos o que vem a ser tal afirmação:

Você pensa que o castigo pelo nosso pecado foi morrer sobre a cruz? Se assim fosse, os dois ladrões poderiam ter pago o preço. Não, a punição foi descer ao próprio inferno e lá cumprir a pena, separado de Deus... Satanás e todos os demônios do inferno pensaram ter amarrado e enredado Jesus quando o arrastaram às profundezas do próprio inferno para que pagasse a nossa sentença.

3 – Renascimento no Inferno: Segundo os proponentes da Fé, Satanás nem fazia ideia que ele próprio seria o motivo final de riso. Pois da mesma forma que Adão caíra no ardil de Satanás, no jardim do Éden, agora Satanás escorregara para dentro da armadilha de Deus, no inferno. Copeland explica que:
“No inferno. Ele [Jesus] sofreu por você e por mim. A Bíblia diz que o inferno foi feito para Satanás e seus anjos (Mt 25.41). Não foi feito para os homens. Satanás estava retendo ali ilegalmente o Filho de Deus... A armadilha estava armada para Satanás e Jesus serviu de isca.”
Satanás perdeu por causa duma tecnicidade, de acordo com a teologia da Fé, visto que arrastara Jesus ilegalmente para o inferno. Seria tudo conforme Copeland afirmou: “O diabo esqueceu-se de levar em conta que Jesus, pessoalmente, não pecara; tornara-se pecado apenas em função do pecado alheio” (Teologia Narniana?).

4 – Reencarnação: De acordo com os deturpadores da verdade, Jesus recuperou sua deidade no momento em que nasceu de novo, no inferno. Sobre as observações de Hinn a respeito da derrota de Satanás por Jesus no submundo, Crouch acrescentou: “Foi aí que a divindade dEle [de Jesus] retornou”. Naturalmente, dizer que a “divindade de Jesus retornou” presume que houve um ponto em que Cristo deixou de ser divino - quando deixou de ser Deus. Mas qualquer afirmação dessa natureza é completamente antibíblica (Fp 2.6; cf. Hb 13.8).
Os desvios causados pela insensatez desses homens seriam já suficientemente depressores se parassem por aqui. Mas não param. A maioria dos mestres da Fé afirma que todos os cristãos, como Jesus, tornam-se encarnações de Deus no momento em que nascem de novo. Segundo Hagin, “todo homem que nasceu de novo é uma encarnação e o cristianismo é um milagre. O crente é tanto uma encarnação como o foi Jesus de Nazaré”. Segundo Morris Cerullo afirmou: “Você não está olhando para Morris Cerullo, você está olhando para Deus para Jesus”.

5 – Conclusão, Três Enormes Problemas: Três enormes problemas são criados por esse ensino do movimento da Fé. Observemos de forma resumida a todos.
Primeiro, se Jesus renasceu no inferno, então a doutrina espírita da reencarnação é de certa forma verdadeira - pelo menos em referência a Deus. A insistência de Hagin de que “o crente é uma encarnação, tanto quanto o foi Jesus de Nazaré” só pode significar uma coisa: Cada vez que um ser humano nasce de novo, Deus encarna-se nele. Desse modo, temos Deus novamente assumindo carne, reencarnando-se por muitas e muitas vezes, enquanto houver mundo.
Segundo, tal doutrina significaria que Jesus, o qual já tem um corpo (Lc 24.39), revestir-se-ia de corpos adicionais cada vez que alguém se chega à fé em Cristo, o que não deixa de ser um nonsense.
Finalmente, concordar com o movimento da Fé significa que terminaremos com um mundo cheio de deuses. Mas a Bíblia rejeita totalmente a noção do politeísmo.

Redefinido Necessidades com Riquezas: Jesus advertiu-nos: “Acautelai-vos e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância do que possui” (Lc 12.15). Logo em seguida, o Senhor contou aos seus discípulos a parábola do rico insensato que julgava ter segurança devido ao grande número de suas posses (vv. 16-21). Jesus fez questão de realçar a loucura de viver em função daquilo que é meramente temporal, em vez de se guiar por uma perspectiva eterna. Sem meias palavras, faz a mesma repreensão do Pai ao rico da parábola: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem será?” (v. 20). As Palavras de Jesus não mudaram: “Buscai primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Como as palavras de Jesus diferem da mensagem dos mestres da Fé. Essa gente vive, incansavelmente, perseguindo a ideia de que a prosperidade material faz parte dos direitos divinos de cada crente. Esse tipo de "cristianismo” é apenas uma forma de ganância, levemente revestida de uma fina camada de verniz “cristão”. É uma conformação lamentável às tendências consumistas de nossos dias.
Cristãos em número demasiado estão sendo transformados em função da cultura e não por Cristo. A busca pelo reino de Deus e sua justiça tem sido substituída pela busca de nosso próprio reino e tudo quanto pudermos pôr as mãos.
A cultura contemporânea é obcecada pela conquista, tanto social como econômica, num domínio desavergonhado do materialismo crasso, sendo precisamente disso que se tem aproveitado o movimento da Fé. Esse movimento alimenta-se da ideia que os “afilhados de Deus” podem adquirir “riquezas fáceis” e dinheiro sem disciplina. Seu lema não é o auto sacrifício, mas o auto engrandecimento. E, o que mais assusta, é que muitas igrejas que já forma pentecostais clássicas caminham nesta mesma direção. Além disso, uma porção significativa do cristianismo contemporâneo tem pregado a mensa gem de que só estaremos vivos nesta terra uma vez, pelo que seria melhor vivermos para nossos próprios deleites. ”Não mais entoamos: “Entrego tudo”. Antes, dizemos: “Trago tudo à existência pela fórmula da fé”.

Neo-Pentecostalismo, suas Origens (Aula IBE dia 29/08/2013)





Historicamente podemos distinguir três momentos dentro do Pentecostalismo brasileiro, que comumente são denominados: Primeira, segunda e terceira onda. Todavia, a terceira onda são os denominados de “Neo-Pentecostais”. Estes últimos, embora em termos de classificação sejam reconhecidos como Pentecostais, ao analisar suas práticas, costumes, crenças e doutrinas, logo, perceber-se-á que os mesmos nada têm com o Pentecostalismo de visão clássica.
A terceira onda, dos denominados neo-pentecostais, tem início na segunda metade dos anos 70. Fundadas por brasileiros, a Igreja Universal do Reino de Deus (Rio de Janeiro, 1977), a Igreja Internacional da Graça de Deus (Rio de Janeiro, 1980), a Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra (Brasília, 1992) e a Renascer em Cristo (São Paulo, 1986) estão entre as principais. Utilizam intensamente a mídia eletrônica e aplicam técnicas de administração empresarial, com uso de marketing, planejamento estatístico, análise de resultados, dentre outros métodos (diga-se de passagem quando enfatizados demonstram por si só que são carnais, meras estratégias para manter pessoas igualmente carnais). Todas as citadas pregam a Teologia da Prosperidade, pela qual o cristão “tem direito a possuir as riquezas dessa terra como promessa de Deus”, e rejeitam os tradicionais usos e costumes pentecostais. O neo-pentecostalismo constitui a vertente pentecostal mais influente e a que mais cresce.
Para melhor compreender essa verdade deixemos de lado o contexto nacional e passemos a analisar a origem de tal movimento, isto é, em qual fonte beberam seus fundadores e propagadores.

Essek William Kenyon: Embora Kenneth Hagin seja conhecido como “papai Hagin” como se ele for a o precursor da Teologia Neo-Pentecostal, no entanto, a verdade é que Kenyon é o verdadeiro “pai” dessa classe teológica. Não se pode, no entanto, negar que Hagin propagou aquilo que Kenyon desenvolveu.
Nasceu em 24 de abril de 1867 Kenyon começou o ministério como metodista, no século XIX fundou o Instituto Bíblico Betel, do qual se demitiu em 1923 da posição de superintendente sob uma nuvem de controvérsias. Pioneiro da rádio transmissão, em 1931 iniciou o programa “A Igreja do ar de Kenyon”. As fitas gravadas de seu programa vieram a se tornar a base dos seus escritos, que sobreviveram até nossos dias e são aquilo que se propaga na chamada “Teologia da fé”. Uma de suas frases atualmente propagadas é “o que eu confesso, eu possuo”.
A metafísica do “Novo Pensamento” (referentes aos efeitos do pensamento positivo, Lei da atração, cura, força vital, visualização criativa e poder pessoal. Tal corrente de pensamento promove a ideia de que Deus tem o dom da onipresença, que o espírito é a totalidade das coisas reais, que a verdadeira natureza humana é divina, que o pensamento divino é uma força para o bem, que todas as doenças se originam da mente, e que o 'pensamento certo' tem um efeito regenerador.) influenciou Kenyon. Tanto seus escritos quanto testemunhas oculares associados a outras fontes externas confirmam o quanto Kenyon sofreu influência desse movimento espiritual e outros grupos heréticos, tais qual, ciência cristã (A Ciência Cristã prega a cura cristã, ou cura divina, como sendo o cumprimento natural da promessa feita por Jesus - um modo de vivenciar a salvação atual, completa e universal, que viria pela graça divina, este faz parte do idealismo e da teologia da Ciência Cristã.) e ciência da mente (Ciência Religiosa é uma correlação das leis da ciência, opiniões filosóficas, e revelações da religião aplicadas às necessidades humanas e às aspirações do homem).
A influência de Kenyon nos círculos Pentecostais, não se resumiu a Kenneth Hagin, ele foi lido e citado por muitas pessoas e citado por “avivalistas” no período subsequente a 2ª guerra mundial. Dentre esses avivalistas destaca-se, William Branhan e T. L. Osborn. Alguns afirmam que Kenyon visitava as reuniões de líderes Pentecostais como F. F. Bosworth e Alimee Semple McPherson.
Embora, Kenyon seja muito menos incisivo que alguns dos atuais líderes do movimento da fé, ele não deixou de produzir blasfêmias até sua morte, chegou a afirmar que a morte física de Jesus, sequer tocou a questão do pecado, assim como, uma pessoa entregar-se a morte igualmente não toca nessa questão. Conseguiu ele superar-se a cada nova afirmação, em outro momento disse: “todo o nascido de novo é uma encarnação e o Cristianismo é um milagre, o crente é uma encarnação, tal qual, foi Jesus de Nazaré”.

Kenneth Hagin: Em termos gerais Hagin apenas fez conhecida a obra de Kenyon, quando questionado a respeito disso, ele afirma que Deus concedeu a ambos as mesmas palavras, sem, que ele conhecesse sua fonte. Mesmo diante da sólida evidência contrária, Hagin insistia: “A influência de Kenyon em meu ministério tem sido minúscula. Apenas seu ensino sobre o nome de Jesus tem alguma coisa a ver com minha teologia. Nego absolutamente qualquer influência metafísica de Kenyon. Eu não ensino ciência cristã e sim concepção cristã”.
Talvez uma das mais bizarras estórias que Hagin contou, como se fosse real, é quando está conversando com Jesus e de repente aparece um “macaco demônio” que grita de forma contínua e estridente. Quando não aguentava mais o macaco, Hagin então não aguentando mais resolve tomar conta da situação ao ordenar que o demônio se calasse em “nome de Jesus”, ao que “Jesus” afirma para Hagin: “se você não tivesse feito alguma coisa”. Hagin ao ouvir essas palavras de Jesus, segundo sua descrição, imediatamente sugere-lhe que talvez tenha errado na descrição e que ao invés de afirmar que “nada poderia fazer”, Ele poderia ter querido afirmar que “nada faria”. Ao passo, que Jesus passou a explicar-lhe, que, de fato, que não havia se enganado, e, sim, que houvera dito corretamente, a saber, “nada poderia fazer”.
As narrativas que Hagin faz sobre suas pretensas experiências não são poucas, vamos, contudo observar apenas mais uma de suas citações. Em 1950 Hagin afirmou que Jesus lhe concedeu uma “unção” especial para cura de doentes. Afirma ele.

“continuou a me instruir que quando eu orasse e impusesse minhas mãos sobre os enfermos, eu tinha que tocar com uma mão de cada lado do corpo deles. Se eu sentisse o fogo saindo de uma mão para outra, o espírito maligno ou o demônio estava no corpo causando a aflição. Se o fogo, ou unção, não saísse de uma das minhas mãos para a outra seria apenas um caso de cura. Eu poderia orar pela pessoa em nome de Jesus, e se ela acreditasse e o aceitasse, a unção deixaria minhas mãos e entraria no corpo da pessoa, removendo a doença e trazendo a cura. Quando o fogo, ou a unção, saísse do meu corpo e fosse para o corpo da pessoa, eu saberia ter sido ela curada”.

Nessa mesma visão Hagin critica seus “colegas de ministério” por não seguirem uma verdade bíblica ao falarem de Jesus, então passa a narrar como Jesus possuía os furos do cravo nas “palmas da mão”. O que qualquer estudante de história ou teologia reconhece imediatamente como uma falácia bíblica e histórica, pois, os cravos eram presos nos pulsos da vítima e não nas palmas das mãos. O próprio termo original usado no texto da crucificação remete ao braço todo e não apenas a mão. Ainda sobre suas “revelações” afirmou: “haverá ministros que não as aceitarão, cairão mortos no púlpito”.


Benny Hinn: É costume ouvir que alguém diga que nas conferências de Hinn, “estive na própria presença de Deus”. Sem, contudo, não prestarem atenção ao “espírito” de violência presente nas pessoas que literalmente pisoteiam os demais para poder se aproximar do palco e ser derrubados por Hinn. O pior é que aqueles que participam dessas reuniões em cadeiras de rodas, acabam por sair na mesma condição.
Se alguém considera ofensiva as afirmações de Hagin, sequer deveria procurar conhecer as de Hinn. Este em cadeia nacional de televisão, nos EUA, afirmou categoricamente que desejava explodir a cabeça dos seus inimigos fedorentos com uma “arma do Espírito Santo”. Posteriormente pediu desculpas por essa afirmação, no entanto, não demorou muito para que saísse com mais uma afronta a seus críticos, afirmou ele: “O Espírito Santo está sobre mim... Está chegando o dia quando aqueles que nos atacam vão cair mortos. Você pergunta: ‘o que você disse? ’ Eu falo isso sob a unção do Espírito. Posso contar-lhes uma coisa? Não toquem nos servos de Deus. É fatal... Ai daquele que toca nos servos de Deus. Vocês vão pagar. E o dia chegará o Senhor me falou isso. Ele disse: ‘Virá o dia quando minha punição será imediata. Ai daqueles que tocarem nos meus escolhidos’. Eles irão nos temer. Ouçam vocês: Hoje eles escarnecem de nós; amanhã hão de nos temer”.

O aviso de Hinn baseava-se em uma afirmação de John Avanzini de que Walter Martin o fundador do ICP (EUA) morrera por ousar “tocar nos ungidos” do Senhor.

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O que é Teonomia e Porque eu não Defendo esse Ponto de Vista



          Bom, o texto que se segue é de Gary North sucintamente explica o que é a Teonomia, por isso, apenas o posto aqui traduzido para que se possa entender tanto o sentido do termo, quanto o porque e como as Assembleias de Deus vieram a desenvolver uma visão Dispensacionalista

          A pergunta, “Calvino era um teonomista?”, obviamente demanda uma definição de teonomia. Teonomia, como Greg Bahnsen usa o termo, é uma visão da Bíblia que argumenta que, a menos que uma lei específica do Antigo Testamento tenha sido ab-rogada pelo Novo Testamento, quer por revelação especial ou pela aplicação de um princípio do Novo Testamento, sua autoridade ainda é moral e/ou judicialmente obrigatória hoje. “O ponto metodológico, então, é que pressupomos nossa obrigação de obedecer qualquer mandamento do Antigo Testamento, a menos que o Novo Testamento indique de outra forma. Devemos assumir a continuidade com o Antigo Testamento, e não uma descontinuidade. Isso não é dizer que não há nenhuma mudança do Antigo para o Novo Testamento. De fato, há – e mudanças importantes! Contudo, a palavra de Deus deve ser o padrão pelo qual definimos precisamente o que aquelas mudanças são para nós; não podemos assumir por nós mesmos tais mudanças ou lê-las no Novo Testamento”.
          Essa posição tem produzido certa quantidade de oscilações e variações exegéticas. “Existem”, Bahnsen escreve, “descontinuidades culturais entre a instrução moral bíblica e a nossa sociedade moderna. Esse fato não implica que o ensino ético da Escritura esteja invalidado para nós; ele simplesmente requer uma sensibilidade hermenêutica”. “A sensibilidade hermenêutica” permite um grau de extensão do significado – quanto, ninguém pode dizer antecipadamente. Mas todo sistema intelectual e judicial eventualmente adota uma qualificação similar; a mente humana não é digital nem infalível. Todavia, os teonomistas estão em relativa desvantagem em termos de criar um sistema apologético sistemático, visto que eles afirmam que a Bíblia é relevante para cada área da vida, não de maneira geral e superficial, mas especificamente. Isso contribui para uma apologética complexa, detalhada e difícil.
          Em geral, contudo, a precisão da definição de teonomia fornecida por Bahnsen tem levado a uma produção extensiva de obras teológicas que a aplicam a toda a gama de assuntos bíblico-teológicos, incluindo a teoria social.

          Em artigo separado (http://teologicasreflexoes.blogspot.com.br/2013/07/eclesiologia-prisma-dispensacionalista.html) já descrevi o porque de eu não ser "teonomista", isto é, o fato de eu acreditar em uma teologia da descontinuidade, quando se ressalta a diferenciação, que acredito ser, bíblica entre Igreja e Israel. Esse ponto de vista definirá, logicamente, toda a visão bíblica do indivíduo, a saber, se o mesmo crer no teonomismo, via de regra, não poderá crer no arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação, pois, um evento depende do outro, o que se percebe no desenrolar escatológico (o que tratarei em momento mais oportuno e artigo distintamente separado para esse fim).

Adventistas do Sétimo Dia, Porque Considero Uma Seita!!!



Resumo histórico: Em alguns países, como EUA, por exemplo, os adventistas alcançaram o status de “evangélicos” não sendo considerados uma seita, por muitos apologistas.
A história adventista inicia com Wiliam Miler (1782 – 1849 †) natural de Pittsfield, Massachussets, EUA. Wiliam era de origem Batista afirmava em 1818 que nos próximos 20 anos Jesus voltaria a terra (dois casos recentes no campo), em 1831 passou a anunciar que esse evento ocorreria em 23 de março de 1843. Para justificar sua conclusão Miler se baseou no texto de Daniel 8.13,14, para afirmar que as 2.300 manhãs e tardes correspondiam a 2.300 anos, que, de acordo com ele, deveriam ser contados a partir do retorno de Esdras a Jerusalém em 457 a.C.
Muitos de seus seguidores venderam tudo para aguardar a volta de Jesus, outros, todavia, entregaram-se a toda sorte de imoralidade sexual. Quando a “profecia” de Miler não se cumpriu ele, ao refazer seus cálculos, remarcou a data para 22 de outubro de 1844, que voltou a fracassar.
Depois disso Miler pediu perdão a sua igreja e foi servir a Deus rejeitando as novas “interpretações” que surgiriam a respeito de sua alegação. Vários grupos surgiram após a desistência de Miler, os mais proeminentes representantes desses grupos são: Hiram Edson, Joseph Bates e James White com sua esposa Ellen Gould. Hiram Edson após o fracasso de Miler afirmou ter tido uma visão, na qual Jesus estava de pé ao lado de um altar, dessa forma, ele reinterpretou a “profecia” de Miler, dizendo que esse simplesmente errou em relação ao local, mas que a data estava certa (teoria do santuário). Joseph Bates instituiu a observância do sábado. O casal White destacou-se por suas “profecias e visões”.
Os três grupos juntos formaram a igreja que hoje se chama de Adventista do Sétimo Dia. As principais doutrinas que distinguem os Adventistas dos evangélicos são: a observância da Lei, a guarda do sábado, a teoria do santuário, o juízo investigativo, o bode emissário, o espírito de “profecia” e o sono da alma.

Falsas doutrinas: vejamos as principais doutrinas distintivas e que caracterizam o Adventismo como seita.

A guarda do sábado: afirmam que se deve guardar o sábado, pois, faz parte da Lei que deve ser observada. Prestam singulares respeitos aos 10 mandamentos. Fazem a distinção de Lei moral (perpétua) e Lei cerimonial (transitória). Aliás, a maior parte dos cristãos faz essa mesma diferenciação, não observando, todavia, que essa separação não é bíblica e apenas fortalece a afirmação adventista.
Precisamos prestar atenção ao fato de que a própria Palavra de Deus não faz distinção entre categorias da Lei, quando cita a mesma em qualquer trecho que se faça alusão a ela, pelo contrário muitas passagens no mesmo texto citam Lei como sendo as cerimonias e logo adiante como sendo os princípios morais. Precisamos ter em mente que associar a Lei atual que usamos a uma Lei com mais de 3000 anos é um anacronismo. Essas categorias são utilizadas pela teologia como forma de explicar
Enquanto viveu nesta terra Jesus em tudo cumpriu a Lei de Moisés até mesmo oferecendo sacrifícios diante dos sacerdotes (Mt 8.4), participando das festas (Jo 7.10) e comendo o cordeiro pascal (Mt 26.19). Por isso, os versos que citam que a Lei foi cumprida por Cristo referem-se à depois da cruz.
A Lei de Moisés foi cumprida por cristo em sua integralidade, questões cerimoniais, dietéticas, morais (Rm 8.2-4), teocráticos e nacionais. Já não estamos mais sob a jurisdição da Lei de Moisés, pois esta foi expressa através dos 10 mandamentos (que a representam como um todo) tendo como recompensa para os judeus viver de forma que “se prolonguem os seus dias na terra (Palestina) que o Senhor teu Deus te dá (aos israelitas)” Êx 20.12. Os mandamentos, o que inclui os 10, foram todos expressos em uma estrutura judaica e teocrática, sendo todos restritos ao Antigo Pacto.
Todavia, isso não quer dizer que os princípios interpretativos morais (não confundir com Lei moral), que são os mandamentos que demonstram a natureza do Deus imutável, dos 10 mandamentos não possuam nenhuma ligação com Igreja, pelo contrário com exceção do mandamento de guarda do sábado todos foram reafirmados no Novo Testamento, no entanto, em outro contexto. Quando a Nova Aliança cita os princípios morais dos 10 mandamentos, o faz num contexto pessoal e universal, excluindo toda questão nacionalista judaica.
O texto de Hb 7.12 afirma que se mudando o sacerdócio faz-se também a mudança da Lei (seguimos agora a Lei de Cristo, I Co 9.21, Gl 6.2) e no versículo 18 diz que o precedente mandamento é ab-rogado por causa de sua fraqueza e inutilidade. A Lei era apenas sombra a essência é encontrada em Cristo (Cl 2.17).
Os discípulos de Jesus rejeitaram praticamente tudo da Lei de Moisés o que inclui a circuncisão “Na verdade, pareceu bem ao Espírito Santo e a nós não vos impor mais encargo algum, senão estas coisas necessárias: Que vos abstenhais das coisas sacrificadas aos ídolos, e do sangue (dietética), e da carne sufocada (cerimonial), e da fornicação (moral); destas coisas fareis bem se vos guardardes. Bem vos vá” (At 15.28,29 negrito e acréscimos entre parêntesis meus; Gl 5.6; 6.15).
Além do contexto diferente nos mandamentos da Antiga e Nova Aliança mais um detalhe nos comprova que, embora estejamos sob Leis semelhantes, ainda assim, não estamos sob as Leis do Antigo Pacto. O Antigo e o Novo Testamento possuem Leis contra o adultério, todavia, a punição é diferente em ambos os casos, no Antigo a pena capital (Lv 20.10) e no Novo a excomunhão da Igreja (I Co 5), mas com a esperança de retorno do pecador se houver arrependimento de sua parte (II Co 2.6-8).
Não podemos ter as leis do Velho Testamento como base para nossa vida. Se fosse assim, teríamos que apedrejar adúlteros, os homens precisariam usar barbas compridas, aos filhos obstinados deveríamos leva-los a praça central e apedrejar até a morte e as mulheres não poderiam tocar em nada durante a menstruação. Fora que teríamos que matar animais diariamente para oferecer como propiciação pelos nossos pecados. Portanto, “Estai, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão” (Gl 5.1).
Para sintetizar nossa salvação ocorre por Graça de Deus e não por observância da Lei (Ef 2.8,9).
Teoria do santuário: Hiram Edson afirma que na data de 22 de outubro de 1844 (Wiliam Miler) Jesus adentrou no santuário celestial para purifica-lo, permanecendo lá até hoje, e quando de seu término ele retornará a terra. Essa doutrina afirma que a expiação de Cristo na cruz não foi suficiente, desconsiderando completamente seu brado “está consumado”. Cristo atualmente exerce seu ministério em forma intercessora e não purificadora (Hb 7.25).

Sono da alma: é a afirmação de que após a morte, a parte imaterial do indivíduo entra em um estado de inatividade até a ressurreição, baseando essa interpretação em um entendimento errado principalmente de Ec 9.5. Todavia, não poucos textos bíblicos demonstram a alma consciente após a morte, em Ap 6.9,10 almas que foram mortas por causa do testemunho de Jesus, permanecem conscientes de si mesmas e de sua existência antes da morte. Moisés no monte da transfiguração conversa com Jesus, igualmente demonstrando que permaneceu consciente mesmo após a morte (Mt 17.1-8). O termo “dormir” usado em alguns contextos pela Bíblia, para referir-se a morte remete simplesmente ao fato de o morto não mais manter contato com essa “dimensão” da existência.

Aniquilação dos ímpios: assim como a falsa doutrina do sono da alma, essa também foi adotada e expandida pelas testemunhas de Jeová. Essa doutrina afirma que na ressurreição os justos ressuscitarão para gozo eterno, enquanto que os ímpios serão destruídos, para não mais existirem. Essa destruição, segundo os adventistas, dar-se-á de forma lenta, mas, implacável, até que culmine em uma aniquilação total.
O ensino Bíblico a respeito dessa questão é claro, o castigo e consciência daqueles que não creram em Deus será eterno, ainda que pareça isso horroroso aos nossos olhos, não se pode negar sua realidade (Mt 8.11,12; 13.42; 22.13; 25.41; Lc 13.24-28; 16.19-31; II Pe 2.17; Jd 13; Ap 14.9-11; 19.20; 20.10).
A palavra morte na Bíblia não é sinônimo de “aniquilação” e sim de “separação”.

Satanás, o bode emissário: sem dúvida é essa uma das doutrinas mais heréticas dos adventistas. De acordo com uma interpretação errônea de Lv 16.22,26 (base mais sólida é essa doutrina para que os adventistas não possam ser considerados cristãos) eles afirmam que o bode imolado representa Cristo e o bode emissário a satanás. Afirmam os adventistas que todos nossos pecados serão lançados sobre o diabo e serão carregados por ele, satanás então será destruído, expiando o pecado com sua vida. Duas heresias estão explicitamente visíveis nessa afirmação, à primeira é que satanás será aniquilado e a segunda é que ele é co-salvador de Jesus, pois, leva sobre si os pecados.
A correta interpretação do texto de Levítico é a que reconhece os dois bodes como duas fases da obra expiatória de Cristo: o bode imolado representa a expiação do pecado e o bode enviado ao deserto para morrer de inanição representa a remoção completa dos pecados.

As Testemunhas de Jeová e suas Discrepâncias Teológicas



Basicamente as testemunhas de Jeová negam 4 doutrinas fundamentais do Cristianismo, a Trindade, a natureza do homem, a salvação e o inferno. As testemunhas de Jeová tem bebido de fontes antigas para influenciar suas alegações, duas delas são, o ebionismo (nega a interpretação paulina da fé cristã e enfatizava a observância da Lei Mosaica) e o arianismo (nega a divindade de Cristo, afirmando que Cristo é uma criatura e, que, consequentemente houve um tempo que Ele não existia). A principal mensagem das testemunhas de Jeová é: “Leia, creia, venda os livros de Russel e Rutherford, fale de Deus como Jeová e de todas as Igrejas como anticristos – faça isso e será salvo”.

Resumo histórico: o fundador dessa seita foi Charles Taze Russel (1852 - 1916) era presbiteriano, depois foi congregacional, adventista até por fim reunir-se com um pequeno grupo, do qual se intitulou pastor e fundador, dessa forma, em 1884 nasceu o Russelismo.
Muitos nomes foram dados à seita, tais como: Russelismo alvorecer ou aurora do milênio, estudantes da Bíblia, torre de vigia até que em 1931 Rutherford, que foi o segundo líder da seita, deu o nome definitivo as testemunhas de Jeová. Rutherford foi a personalidade mais destacada da seita superando muito a Russel em volume literário publicado.
Em 1942, Nathan H. Knorr tornou-se presidente das testemunhas de Jeová, logo após a morte de Rutherford, Knorr foi um dos principais responsáveis pela versão “Tradução do Novo Mundo das Escrituras” (lançada em 1961), considerada pelos integrantes da seita, como superior as outras traduções. Um membro pertencente às testemunhas de Jeová observou que a “doutrina” Jeovista mudou 148 vezes desde o ano de 1917 a 1926.

Falsas doutrinas:

Jesus Cristo: para eles é um espírito de grande poder, angélico, criado por Deus. Deus o enviou para morrer na cruz, então ele morreu para sempre, o que ressuscitou foi o ser angélico que antes existia. De forma resumida as testemunhas de Jeová afirmam que Jesus não é Deus e que em vida foi apenas homem, não é todo poderoso e foi criado pelo Pai, assim como as demais coisas, não podendo, portanto, ser autor da criação. Igualmente negam a possibilidade de Cristo realizar a expiação por nós. No concílio de Nicéia (um dos concílios considerados universais) foi declarada a divindade de Cristo como resposta ao arianismo, justamente a mesma doutrina usada pelas testemunhas de Jeová. O grande trunfo da seita é sua tradução que adultera textos, com intuito de comprovar suas alegações. Em Jo 1.1 encontra-se o seguinte: “No princípio era o Verbo e o Verbo estava com Deus e o Verbo era um deus”. Através do mecanismo de citar Jesus como um “deus” e não como Deus, assim como o texto original, onde o “theta” aparece maiúsculo.

Trindade: negam a doutrina afirmando que a palavra foi cunhada por Tertuliano e que não se encontra na Bíblia. Afirmam ser uma doutrina influenciada pelo paganismo egípcio e inspirada pelo diabo.
Embora a afirmação de que o vocábulo não existe na Bíblia seja correta, a afirmação de que o conteúdo da doutrina é invenção de Tertuliano é errada. Pois, o que o pai da igreja realizou foi a correta interpretação do que a Bíblia revela a respeito do assunto.
A doutrina clássica da Trindade afirma: Não existem 3 deuses e sim 3 pessoas e uma só substância. Assim o Pai é um só, o Filho é um só e o Espírito é um só, todos eternos, todavia, não são 3 eternos, mas sim um eterno, pois, não confundimos as pessoas, mas também não separamos a essência (credo de Atanásio, paráfrase). Algumas referências bíblicas a Trindade: Gn 1.1,26; 3.22; 17.1; Mt 3.16,17; 28.19; Jo 1.3; 10.30 e diversas outras.

Espírito Santo: negam que seja uma pessoa e que seja Deus, para eles é apenas uma força ativa, um poder ou influência divina sem vontade própria. No entanto, apenas uma pessoa pode falar (At 8.29; 13.2), interceder (Rm 8.26,27), ficar triste (Ef 4.30), dar ordens (At 13.2; 16.6,7), ter vontade própria (I Co 12.11), amar (Rm 15.30), convidar (Ap 22.17), poder ser resistido (At 7.51), ensinar (Jo 14.26), guiar (Rm 8.4), testificar (Rm 8.16; Jo 15.26) e convencer (Jo 16.7,8). Além disso, Jesus chamou-o de “outro parácletô” (advogado, intercessor, ajudador, consolador) o que significa que Ele é da mesma natureza do primeiro, isto é, Jesus (Jo 14.26; I Jo 2.1).

Imortalidade da alma e penas eternas: nessa área assemelham-se aos adventistas, conforme citado anteriormente.

Escatologia: acreditam que Jesus vota não como homem, mas como criatura espiritual gloriosa. Não aguardam uma volta visível e exterior de Jesus, pois afirmam que nenhum olho humano o verá, nem mesmo voltará Ele em um corpo carnal. O que fica claro aqui é que sua errônea crença que Cristo não ressuscitou corporalmente conduza-os necessariamente a uma crença na volta não física. Para justificar sua crença interpretam completamente fora de contexto a afirmação de Jesus: “o mundo não me verá mais” (Jo 14. 19).

Governo civil: rebela-se contra o governo civil afirmando que a política, o comércio e a religião são três formas pelas quais o diabo domina o mundo, logo segundo eles nenhum cristão verdadeiro deve prestar ajuda a nenhum governo. Não prestam serviço militar, não aceitam cargo público, não votam nem praticam outros deveres que a pátria impõe.
O cristão recebe a ordem de seu Mestre: “dai a César o que é de César” (Mt 17.24-27; Mc 12.17).

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Como Identificar Uma Seita (aula IBE 07/08/2013)



Embora não se possa afirmar categoricamente, em termos de consonância mundial, o que caracteriza uma seita, algumas características gerais nos permitem conhece-las. Importante ressaltar que nem todas as seitas manifestar-se-ão abertamente, com as características que vamos analisar. Pelo menos 3 dimensões de seitas podem existem atualmente, as com característica doutrinárias, sociológicas e morais.

Características Doutrinárias de uma Seita: em termos gerais dão ênfase a novas revelações “recebidas de Deus”, negam a autoridade única da Bíblia, negam a Trindade, possuem uma visão distorcida de Deus e de Jesus, ou rejeitam a salvação pela Graça.

Nova revelação: é muito comum que um líder de uma seita arrogue possuir um canal direto de comunicação com Deus. Em parte porque os ensinamentos das seitas frequentemente são alterados, o que via de regra, exige novas revelações.

A negação da autoridade da Bíblia: os mórmons acreditam que o livro dos Mórmons é superior à Bíblia. Os cientistas cristãos consideram o livro de Mary Baker com autoridade superior a da Bíblia. Ouriel de Jesus, com Geziel Gomes também, já afirmou em um de seus livros que o mesmo possuía autoridade igual à Bíblia, inclusive nesse livro Ouriel afirma que em uma conversa com Deus Pai, ele se propõe a pagar um alto preço em troca de um avivamento final, no qual ele será o protagonista.

Uma visão distorcida de Deus e de Jesus: Os adeptos da unidade Pentecostal “Somente Jesus”, negam a Trindade e aderem a uma forma de modalismo, que afirma que Jesus é Deus e que “Pai”, “Filho” e “Espírito Santo” apenas são nomes singulares de Jesus. Já as Testemunhas de Jeová, que igualmente negam a Trindade, afirmam que Jesus é inferior ao Pai (que é Deus todo Poderoso). Já os Mórmons que creem na Trindade a redefinem, transformando-a em uma forma de triteísmo.
Ainda algumas seitas redefinem a ressurreição de Jesus, no caso das Testemunhas de Jeová afirmam que Cristo levantou em espírito apenas.

Negar a salvação pela graça: uma das grandes falácias de uma seita é retirar a salvação pela Graça divina, com isso, excluindo a pureza do Evangelho. Mórmons afirmam a necessidade de tornarem-se mais e mais perfeitos nessa vida. As testemunhas de Jeová reputam a distribuição da literatura Torre de Vigia como maneira de corroborar com sua salvação.

Características Sociológicas de uma Seita: entre essas características podemos destacar o autoritarismo, exclusivismo, o dogmatismo, as mentes fechadas, o isolamento e até mesmo o antagonismo.

Autoritarismo: envolve a aceitação de uma autoridade que não raro exerce controle mental sobre o grupo, através de técnicas. Como profeta ou fundador a palavra desse grupo é considerada final. Entre alguma das seitas com essa característica encontramos os meninos de Deus (agora chamada “a família”), a igreja da unificação entre tanas outras.
Não devemos confundir os “profetas” fundadores das seitas, por exemplo, com os reformadores, pois, muitas são as distinções entre ambos. Os tais profetas guiam seu povo pelo medo, os Reformadores guiaram pelo amor, os profetas tentam controlar os pensamentos, os Reformadores buscam motivar os corações.

Exclusivismo: “somente nós temos a verdade” este é e sempre foi o lema máximo de uma seita. As mórmons acreditam ser a comunidade exclusiva dos salvos na terra, as testemunhas de Jeová pensam da mesma forma.

Dogmatismo: intrinsecamente ligado com o item acima, muitas igrejas são dogmáticas afirmando ser as únicas instituições verdadeiras. Umas afirmam ser a única capacitada a interpretar a Bíblia como a igreja católica, ou as testemunhas de Jeová (através da torre de vigília). Algumas afirmam ser a única representação na terra, da igreja de Jesus como os mórmons.

Mentes fechadas: essa é a manifestação de nem sequer ao menos considerar qualquer outro ponto de vista (perigosa característica de pessoas orgulhosas que ainda não nasceram de novo está presente inclusive dentro do Corpo de Cristo). Não importa a um mórmon se Joseph Smith for comprovadamente um falso profeta, tampouco, a uma testemunha de Jeová se Cristo é ou não Deus, importa que isso não mude a fé deles.

Susceptibilidade: o perfil de pessoas que entra em uma seita, normalmente é instável, ou de um bajulador ou ainda vulnerável. Nas seitas a mentalidade dominante é caracterizada por uma compartimentalização (ter compartimentos específicos para os fatos conflitantes) e um forte senso de ignorar qualquer coisa que negue os fatos de sua fé. Conta-se que certa vez um mórmon afirmou que creria no livro de mórmons, ainda que esse falasse que existem quadrados circulares.

Isolamento: as mais extremistas seitas chegam a criar fronteiras fortificadas, frequentemente sendo protagonistas de finais trágicos como o ocorrido em Waco, Texas, com a seita Branch Davidian, quando em 1993, 82 membros morreram.

Antagonismo: em um ambiente isolado são gerados nos membros =, tanto um medo quanto uma certa hostilidade relação ao mundo exterior. Os que não pertencem a “comunidade” são considerados “apóstatas”, o “inimigo”, “ferramenta de satanás”.
Características Morais de uma Seita: uma seita sempre possuirá elementos legalistas, a perversão sexual, intolerância, abusos psicológicos e até mesmo físicos.

Legalismo: em muitas seitas existe um rigoroso conjunto de regras, que obrigatoriamente deve ser observado pelos seus adeptos. Normalmente, essas regras são extra bíblicas ou são expressões distorcidas da Palavra de Deus. Legalismo é qualquer prática que dependa de exclusiva capacidade humana, sem a Graça do Espírito Santo, e que por isso trazem um sentimento de superioridade aos que a praticam. (alguma semelhança?).

Perversão sexual: o vício da perversão sexual sempre anda ao lado do legalismo, justamente porque este último gera no indivíduo uma sensação de superioridade. Joseph Smith teve várias esposas, David Koresh afirmou “possuir” todas as mulheres em seu grupo, mesmo as meninas mais novas. Dentro da seita “a família” foram denunciadas práticas de sexo entre adultos e crianças.

Abuso físico: não poucos ex-membros tem denunciado seus ex-líderes a praticarem agressões físicas, como espancamentos, privação de sono, de alimentos e agressões a crianças até que as mesmas ficassem queimadas ou sangrando.

Intolerância: é frequentemente demonstrada através de hostilidades, até mesmo em determinadas situações terminando em assassinatos.

A Metodologia Empregada Pelas Seitas: as seitas se concentram em decepções morais e processos agressivos de proselitismo.

Decepções morais: duplicidade e mentiras são, por vezes, usadas para ganhar adeptos ao movimento. Algo muito comum é o emprego de termos cristãos conhecidos com novos significados, Por exemplo, seitas da Nova Era por vezes utilizam os termos ressurreição e ascensão, quando querem na realidade se referir a “ascensão” da conscientização cristã no mundo. A expressão nascido de novo é igualmente utilizada pela nova era para referir-se a reencarnação. Ainda para nova era o termo o “Cristo” é amplamente usado para atrair cristãos, quando na verdade tal designação para eles apenas remete ao ofício oculto desempenhado por vários gurus na história.


Proselitismo agressivo: se é bem verdade que cada religião realiza esforços proselitistas, no sentido de atrair outras pessoas para sua fé, as seitas, no entanto, levam as atividades proselitistas ao extremo. Por vezes, esses esforços são empregados para mera satisfação de seus próprios egos, ou ainda, o fazem com o desejo de ser aceitos por Deus que é o mesmo que fazer para graça e não por graça. Se atualmente a igreja cristã fosse mais zelosa pela tarefa do evangelismo, não teríamos tanta proliferação das seitas, justamente em um dos pontos onde mais falhamos.