Fé
na Fé: Pensemos, o que é fé? Seria apenas um passo no
escuro ou pode ser considerada um salto para dentro da luz? A fé é uma força? As palavras podem ser os receptáculos dessa
força? E, como direcionar minha fé? Devo
dirigi-la para dentro - fé em minha própria fé? Ou, em vez disso, deixar
que Deus seja o objeto dessa fé?
Ao discorrer sobre Deus, é Ele um ser
dotado de fé? Seria um bom conhecedor de fórmulas infalíveis de fé? Ao fazer
tais perguntas, pode alguém ensinar-nos a chegar ao “hall da fama” da Fé?
Larry e Lucky Parker ouviram a mensagem
da Fé durante anos. Conheciam praticamente de cor as fórmulas da Fé. Sua
trágica narrativa foi corajosamente publicada em 1980, pela Harvest House. O
livro deles, intitulado We Let Our Son Die (“Nós Deixamos Nosso Filho Morrer”),
conta como foram eles enganados por essa falaciosa teologia da fé. Não omitindo
os detalhes mais sutis e dolorosos, eles escreveram de que maneira suspenderam
as aplicações de insulina no filho diabético. Como não poderia deixar de ser,
Wesley entrou em estado de coma.
Os Parkers, advertidos de quão impróprio
era ceder a uma “confissão negativa”, continuaram a fazer uma “confissão
positiva” da cura de Wesley, até a hora de sua morte. E, mesmo depois da morte
do garoto, os Parkers, não desanimando em sua “fé”, efetuaram um culto de
ressurreição, em vez do serviço fúnebre exigido pela circunstância. De fato,
por quase um ano após a fatídica morte, eles se recusaram a abandonar sua fé -
apegando- se a ela com todas as forças —, achando que Wesley, à semelhança de
Jesus, haveria de ressuscitar dos mortos. Finalmente, tanto Larry quando Lucky
foram levados a julgamento e condenados por homicídio e abuso contra uma
criança.
Centenas de relatos, tal qual esse,
poderiam ser reunidos, sem deixar a desejar em nada a emoção e tristeza que
envolve esse. Em cada caso desses a moral é sempre a mesma: um conceito
distorcido da fé sempre leva ao naufrágio e à morte - algumas vezes no sentido
espiritual, outras no físico.
Para fazermos uso de uma figura, a fé é
fundamental na confecção dum belo tapete que podemos chamar de cristianismo.
Colocada desta forma, ela serve bem à consideração cuidadosa das falsas
doutrinas que sistematicamente têm desfiado o dito tapete e com isso
desestruturado a fé de milhões.
Senão todos, a grande maioria que defende
a teologia da fé, acaba por adotar conceitos antibíblicos tão perigosos que são
capazes de bloquear as faculdades naturais de discernimento do ser humano. Alguns
casos, esses conceitos têm origem em seitas; em outros, prendem-se
indissoluvelmente ao mundo do ocultismo.
Vejamos alguns conceitos amplamente difundidos
dos “maiores” mestres da Fé, aqueles que redefiniram completamente o conceito
de fé aceito de forma ortodoxa. Não apenas definem fé como uma força, mas
também, chegam ao ridículo extremo de afirmar que as palavras são o receptáculo
dessa força. Não, infelizmente não é piada, isso é literalmente afirmar que a
mera “confissão” de termos expressa uma “fé” capaz de mover montanhas (o que
não passa nem perto da definição bíblica).
Como podemos verificar as mensagens
atualmente estão repletas destas fórmulas de fé que não funcionam e que, não
obstante, foram canonizadas pelo Movimento da Fé. Igualmente é visível que o
“Deus” do Movimento da Fé não é o verdadeiro Deus. E meramente uma marionete patética,
governada pela força impessoal da fé.
Quando se trata da teologia da Fé, a
verdade com frequência é mais estranha do que a ficção. Apesar de que milhões
de adeptos não chegam ao ponto de permitir a morte dos filhos, eles continuam a
aplaudir doutrinas cujas consequências são devastadoras, e, diga-se de
passagem, os tais adeptos apenas não permitem as citadas consequências porque
são incoerentes com o que creem. Marilyn Hickey, outro charlatão da “fé”,
ensina as pessoas a falarem a seus corpos:
Diga a seu corpo: “Oh, corpo, estás são!
Funcionas tão bem e harmoniosamente! Ora, corpo, nunca tens quaisquer
problemas. Tu és um corpo forte e saudável”. Ou então “fale à sua perna, ou ao
seu pé, ou ao seu pescoço, ou às suas costas; e uma vez que tenha falado,
crendo que recebeu, não retroceda mais. Fale com sua esposa, fale com seu
marido, fale às suas circunstâncias; use palavras de fé para criar as
circunstâncias e Deus fará aquilo que você tiver dito”.
A
Força da Fé: Kenneth Copeland, considerado uma das
grandes autoridade dentro desse pretenso movimento, crê tão cegamente que
chegou a cunhar a expressão “força da fé”, que veio a ficar extremamente
conhecida pelo contínuo uso. Inclusive ele chegou a escrever um livro com esta
exata expressão, para difundior ainda mais esta tão mortal heresia.
Vejamos de que maneira Copeland aborda o
assunto: “A fé é uma força poderosa. E uma força tangível. É uma força
condutora”. Ele diz ainda que de forma semelhante ao fato de a força da
gravidade fazer a lei da gravidade funcionar, “é essa força da fé que faz
funcionar as leis do mundo espiritual”.
A
Verdadeira Fé: A verdadeira fé bíblica (no grego,
pistis) envolve três elementos essenciais. O primeiro é o conhecimento. O segundo é a concordância.
Mas somente quando acrescentamos o terceiro elemento, a confiança, é que conseguimos obter uma perspectiva bíblica completa
da fé.
Imagine a seguinte comparação, digamos
que você seja adepto dos ensinos sectários de Kenneth Copeland. Você pode vir a
conhecer um livro que contenha
refutações as doutrinas de Copeland; pode até mesmo concordar que esse livro lhe oferece uma exata explanação dos
ensinos de Copeland; mas isso não mudará nada em sua vida até que você deixe de
se envenenar, crendo (confiança) que
tais ensinos apenas o conduzem para o mundo escuro das heresias.
Portanto, que diferença faz uma
definição apropriada de fé? Faz toda a diferença do mundo. Quando você confia
na Palavra, age de acordo com ela! Quando confia no homem, age segundo ele. Basta
relembrar a tragédia de Larry e Lucky Parker, que puseram sua confiança numa
mentira e deixaram seu filhinho morrer. Para cada exemplo de morte física, há
centenas de exemplos invisíveis de suicídio espiritual.
Dentre todos os que se assentam num
culto da Fé, onde se espalham sementes similares de erro, milhares têm colhido
um resultado mortífero. Alguns, à semelhança de Larry e de Lucky, têm
encontrado de novo o caminho de volta para a fé bíblica. Mas um sem número de
outras pessoas têm sido deixadas ao léu, sem saber para onde se virar ou em
quem confiar.
Não se deixe enganar pelas pomposas
afirmações destes lobos travestidos de ovelhas, o movimento da fé é mortífero e
está desempenhando muito bem este papel, conduzindo milhões a lona espiritual,
quando não física.
A
Fórmula da Fé: Na teologia da Fé, a fé é uma força.
Ela é a substância da qual o
Universo foi feito e também a força que
faz funcionar as leis do mundo espiritual.
Mas
como fazer com que essas leis funcionem para você?
Por meio de fórmulas, dizem, as
quais não somente fazem funcionar as leis do mundo espiritual, mas também
servem de causa à ação do Espírito Santo em favor de você. Na prática isto
transforma Deus em mero mensageiro que apenas se manifesta devido ao uso de
“fórmulas mágicas” ditas por seus “fiéis”.
As fórmulas de fé são o elemento chave
do movimento. Exatamente por isso que o Movimento da Fé também tem sido chamado
de Movimento da Confissão Positiva.
A doutrina da Fé ensina que as confissões servem para dar efeito à fórmula da
fé, fazendo com que o mundo espiritual se mova a favor de quem as usa. As
confissões positivas ativam o lado positivo da força (dualismo de forças bem e
mal); e as confissões negativas ativam o seu lado negativo. Duma perspectiva
prática, pode-se dizer que a lei espiritual (que rege todas as coisas na esfera
da eternidade) é a verdadeira força do Universo. Num livro chamado Two Kinds of
Faith (“Dois Tipos de Fé”), E. W. Kenyon insiste que “é a nossa confissão que
nos governa”.
Hagin em uma
ocasião queixou-se de que homens não regenerados obtinham resultados mais
satisfatórios com suas fórmulas de fé do que os membros de sua igreja. Foi
quando percebeu o que elas faziam. Ele conta o relato em seu livrete, Having
Faith in Your Faith (“Tenha Fé na Sua Fé”). Esses pecadores estavam
“cooperando... com a lei da fé”. E, como não poderia deixar de ser, a
verdadeira intenção do movimento veio à tona, pois Hagin então afirmou que as
riquezas desse mundo estão a distância de uma confissão positiva.
Eis por que
Hagin ensina sua gente a ter fé na fé, em oposição a
ter fé em Deus. “Ajudá-lo-á a obter
fé no seu espírito o pronunciar em voz alta: ‘Fé na minha fé’. Continue a
dizê-lo até que fique registrado em seu coração. Eu sei que soa estranho quando
você diz isso pela primeira vez; sua mente rebela-se. Porém, não estamos
falando de sua cabeça; estamos falando sobre a fé em seu coração”.
Hagin então
apela para Marcos 11.23, que diz: “Porque em verdade vos digo que qualquer que disser a este monte: Ergue-te
e lança-te no mar, e não duvidar em
seu coração, mas crer que se fará aquilo que diz, tudo o que disser lhe será feito”. Disse ainda:
“Note mais duas coisas sobre este versículo: (1) Crê em seu coração,
(2) Acredita em suas palavras. Em outros termos
podemos dizer: Tem fé em sua própria fé... Ter fé em suas palavras é ter fé em sua fé”.
O mais básico dos ingredientes da
fórmula da fé são as nossas palavras. As palavras
governam! E através delas que aprendemos a ativar a força da fé. Esta é
precisamente a razão pela qual a teologia da Fé é referida como “nomeie-o e
reivindique-o”, ou “tagarele e aposse-se disso”.
A
Fé de Deus: Nada é mais crucial para nosso conceito
de fé do que a devida compreensão da natureza de Deus. De fato, a própria
palavra “teologia” deriva-se dos termos gregos theos, que significa “Deus”, e
logos, que quer dizer “palavra” ou “discurso”. De modo que, a teologia nada
mais do que é um discurso sobre Deus.
Na teologia cristã Deus é considerado o
Soberano do Universo. Ele é descrito como “espírito”, perfeitamente sábio,
auto-suficiente, onipotente e onisciente. Não é assim, todavia, que Ele é
descrito na teologia sectária do Movimento da Fé. Segundo suas profanas
afirmações Deus não passa e um “ser dota do de fé”, enquanto o homem se torna o
grande soberano. Deus é retratado como um títere patético, na cauda e traseira
de sua criação. O deus da Fé tem altura e peso, é tido como um fracasso,
limitado pelas leis do mundo espiritual e dependente da força da fé. É um deus
impotente, em lugar de todo-poderoso; limitado e restrito, em vez de infinito e
onisciente. Em outras palavras, o deus do Movimento da Fé não é o mesmo Deus da
Bíblia.
Como Deus é desnudado em sua onipotência
e roubado em sua onisciência pelos mestres da Fé? Convencendo seus adeptos de
que retiram da Bíblia suas afirmações blasfemas. Mostrando muito pouca
originalidade, os mestres da Fé tiram os mesmos coelhos do mesmo chapéu. Por
muitas e muitas vezes eles citam os trechos de Marcos 11.22 e Hebreus 11.3.
A
Distorção do Ortodoxo Conceito da Expiação Vicária:
Em termos gerais existem algumas teorias a respeito da expiação, vejamos
algumas:
A) Resgate pago a Satanás - herética
(Orígenes – 185-254) – A morte de Cristo satisfez as acusações de Satanás
contra o homem;
B) Recapitulação (Irineu – 130-202) –
Jesus viveu todos os estágios da vida humana revertendo o curso determinado por
Adão. Sua obediência compensou a desobediência de Adão;
C) Satisfação
(Anselmo de Cantuária – 1033-1109) – A morte de Cristo foi o pagamento que
satisfez as exigências de Deus em vista da ofensa do pecado. Os méritos de
Cristo são transferidos aos que creem;
D) Influência moral - herética (Abelardo
– 1079-1142) – Não expiou pecados, mas demonstrou o grande amor de Deus a fim
de gerar no homem um amor responsivo e uma mudança ética;
E) Exemplo – pelagiana (Fausto Socinio –
1539-1604) – Não expiou pecados, mas revelou a fé e a obediência para um
caminho de vida eterna a ser seguido pelos homens;
F) Neo-ortodoxa (Karl Barth – 1886-1968)
– A morte de Cristo foi, principalmente, a revelação do amor de Deus e seu ódio
ao pecado;
G) Substituição
penal (João Calvino – 1509-1564) – Cristo, que não tinha pecado, tomou
sobre si a penalidade que deveria ser imputada aos homens.
Antes de verificarmos suscintamente as
distorções dos mestres da fé sobre o assunto, vejamos em poucas palavras uma
narração do que vem a ser a doutrina ortodoxa da expiação (misto entre
Satisfação e Substituição Penal).
Sucintamente, a expiação significa que
Cristo, em sua morte sacrifical sobre a cruz, resolveu completamente o problema
do pecado humano. Em seu corpo, sobre a cruz, ele “nos resgatou da maldição da
lei, fazendo-se maldição por nós” (G1 3.13). Cristo, o modelo de virtudes,
tornou-se o Cordeiro sacrifical sobre quem os pecados do mundo foram postos.
Apesar de, na prática, Jesus Cristo ter sido perfeito e impecável, quanto à
posição, foi feito pecaminoso - todo o nosso pecado foi a Ele creditado. Por
outro lado, enquanto na prática não passamos de pecadores, toda retidão de
Cristo é a nós creditada pela fé. Assim, mediante seu sacrifício expiatório,
somos contados como posicionalmente justos aos olhos de Deus.
1
– Recriação Sobre a Cruz: em poucas palavras deixemos que Benny
Hinn nos esclareça do que se trata tal assertiva:
“Senhoras
e senhores, a serpente é um símbolo de Satanás. Jesus Cristo sabia que a única
maneira de parar Satanás era tornar-se uno em natureza com ele. Talvez você
diga: “Que foi que ele disse? Que blasfêmia é essa?” Não. Ouça isto! Ele não
tomou meu pecado; ele tornou-se meu pecado. O pecado é próprio do inferno. Foi
o pecado que gerou Satanás... O pecado é que fez Satanás. Jesus disse: "Eu
serei pecado! Irei ao mais profundo lugar! Alcançá-lo-ei na origem!"
Quando Jesus tornou-se pecado, senhores. tomou-o de A a Z e disse: “Nunca
mais!” Pense nisso: Ele tornou-se carne, para que a carne se tornasse como ele.
Ele tornou-se morte, para que homens moribundos pudessem viver. Ele tornou-se
pecado, para que pecadores possam ser justos nEle. Ele assumiu a natureza de Satanás, para que todos quantos tinham a
natureza de Satanás pudessem participar da natureza de Deus”.
Mas, pode isso ser verdade? Devemos
realmente aceitar essa “revelação"? Observemos mais de perto o sentido da
palavra "pecado" em II Co 5.21.
Em primeiro lugar, os eruditos concordam
que a palavra “pecado", nessa passagem, é usada num sentido abstrato. Eles são unânimes em afirmar
que a expressão “ele o fez pecado" é usada como uma metonímia (uma palavra ou frase em substituição a outra com a qual
mantém um vínculo significativo) para Cristo “ao levar a pena por nossos
pecados”. O expositor T. J. Crawford ressalta que "não pode haver dúvidas
de que a expressão é metonímica, visto que é impossível que Cristo (ou qualquer
outra pessoa) fosse feito, literalmente, pecado". Interpretar essa
passagem como se Cristo fora transformado em pecado é desnudar o Salvador da
sua condição pessoal e reduzi-lo a uma abstração. É uma noção não só
antibíblica, mas absurda também em termos de lógica.
2
– Redenção no Inferno:
Nas palavras de Frederick K. C. Price,
vejamos o que vem a ser tal afirmação:
Você
pensa que o castigo pelo nosso pecado foi morrer sobre a cruz? Se assim fosse,
os dois ladrões poderiam ter pago o preço. Não, a punição foi descer ao próprio
inferno e lá cumprir a pena, separado de Deus... Satanás e todos os demônios do
inferno pensaram ter amarrado e enredado Jesus quando o arrastaram às
profundezas do próprio inferno para que pagasse a nossa sentença.
3
– Renascimento no Inferno: Segundo os proponentes da Fé,
Satanás nem fazia ideia que ele próprio seria o motivo final de riso. Pois da
mesma forma que Adão caíra no ardil de Satanás, no jardim do Éden, agora
Satanás escorregara para dentro da armadilha
de Deus, no inferno. Copeland explica que:
“No inferno. Ele [Jesus] sofreu por você
e por mim. A Bíblia diz que o inferno foi feito para Satanás e seus anjos (Mt
25.41). Não foi feito para os homens. Satanás estava retendo ali ilegalmente o
Filho de Deus... A armadilha estava armada para Satanás e Jesus serviu de isca.”
Satanás perdeu por causa duma
tecnicidade, de acordo com a teologia da Fé, visto que arrastara Jesus ilegalmente para o inferno. Seria tudo conforme
Copeland afirmou: “O diabo esqueceu-se de levar em conta que Jesus, pessoalmente,
não pecara; tornara-se pecado apenas em função do pecado alheio” (Teologia
Narniana?).
4
– Reencarnação: De acordo com os deturpadores da
verdade, Jesus recuperou sua deidade no momento em que nasceu de novo, no
inferno. Sobre as observações de Hinn a respeito da derrota de Satanás por
Jesus no submundo, Crouch acrescentou: “Foi aí que a divindade dEle [de Jesus]
retornou”. Naturalmente, dizer que a “divindade de Jesus retornou” presume que
houve um ponto em que Cristo deixou de ser divino - quando deixou de ser Deus.
Mas qualquer afirmação dessa natureza é completamente antibíblica (Fp 2.6; cf.
Hb 13.8).
Os desvios causados pela insensatez
desses homens seriam já suficientemente depressores se parassem por aqui. Mas
não param. A maioria dos mestres da Fé afirma que todos os cristãos, como
Jesus, tornam-se encarnações de Deus no momento em que nascem de novo. Segundo
Hagin, “todo homem que nasceu de novo é uma encarnação e o cristianismo é um
milagre. O crente é tanto uma encarnação como o foi Jesus de Nazaré”. Segundo
Morris Cerullo afirmou: “Você não está olhando para Morris Cerullo, você está
olhando para Deus para Jesus”.
5
– Conclusão, Três Enormes Problemas: Três enormes problemas
são criados por esse ensino do movimento da Fé. Observemos de forma resumida a
todos.
Primeiro, se Jesus renasceu no inferno,
então a doutrina espírita da reencarnação é de certa forma verdadeira - pelo
menos em referência a Deus. A insistência de Hagin de que “o crente é uma
encarnação, tanto quanto o foi Jesus de Nazaré” só pode significar uma coisa:
Cada vez que um ser humano nasce de novo, Deus encarna-se nele. Desse modo,
temos Deus novamente assumindo carne, reencarnando-se por muitas e muitas
vezes, enquanto houver mundo.
Segundo, tal doutrina significaria que
Jesus, o qual já tem um corpo (Lc 24.39), revestir-se-ia de corpos adicionais cada
vez que alguém se chega à fé em Cristo, o que não deixa de ser um nonsense.
Finalmente, concordar com o movimento da
Fé significa que terminaremos com um mundo cheio de deuses. Mas a Bíblia
rejeita totalmente a noção do politeísmo.
Redefinido
Necessidades com Riquezas: Jesus advertiu-nos: “Acautelai-vos
e guardai-vos da avareza, porque a vida de qualquer não consiste na abundância
do que possui” (Lc 12.15). Logo em seguida, o Senhor contou aos seus discípulos
a parábola do rico insensato que julgava ter segurança devido ao grande número
de suas posses (vv. 16-21). Jesus fez questão de realçar a loucura de viver em
função daquilo que é meramente temporal, em vez de se guiar por uma perspectiva
eterna. Sem meias palavras, faz a mesma repreensão do Pai ao rico da parábola:
“Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado para quem
será?” (v. 20). As Palavras de Jesus não mudaram: “Buscai primeiro o reino de
Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).
Como as palavras de Jesus diferem da
mensagem dos mestres da Fé. Essa gente vive, incansavelmente, perseguindo a
ideia de que a prosperidade material faz
parte dos direitos divinos de cada crente. Esse tipo de "cristianismo”
é apenas uma forma de ganância, levemente revestida de uma fina camada de
verniz “cristão”. É uma conformação lamentável às tendências consumistas de
nossos dias.
Cristãos em número demasiado estão sendo
transformados em função da cultura e
não por Cristo. A busca pelo reino de Deus e sua justiça tem sido substituída
pela busca de nosso próprio reino e
tudo quanto pudermos pôr as mãos.
A cultura contemporânea
é obcecada pela conquista, tanto social como econômica, num domínio
desavergonhado do materialismo crasso, sendo precisamente disso que se tem aproveitado
o movimento da Fé. Esse movimento alimenta-se da ideia que os “afilhados de
Deus” podem adquirir “riquezas fáceis” e dinheiro sem disciplina. Seu lema não
é o auto sacrifício, mas o auto engrandecimento. E, o que mais assusta, é que
muitas igrejas que já forma pentecostais clássicas caminham nesta mesma
direção. Além disso, uma porção significativa do cristianismo contemporâneo tem
pregado a mensa gem de que só estaremos vivos nesta terra uma vez, pelo que
seria melhor vivermos para nossos próprios deleites. ”Não mais entoamos: “Entrego
tudo”. Antes, dizemos: “Trago tudo à existência pela fórmula da fé”.