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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

O que é Teonomia e Porque eu não Defendo esse Ponto de Vista



          Bom, o texto que se segue é de Gary North sucintamente explica o que é a Teonomia, por isso, apenas o posto aqui traduzido para que se possa entender tanto o sentido do termo, quanto o porque e como as Assembleias de Deus vieram a desenvolver uma visão Dispensacionalista

          A pergunta, “Calvino era um teonomista?”, obviamente demanda uma definição de teonomia. Teonomia, como Greg Bahnsen usa o termo, é uma visão da Bíblia que argumenta que, a menos que uma lei específica do Antigo Testamento tenha sido ab-rogada pelo Novo Testamento, quer por revelação especial ou pela aplicação de um princípio do Novo Testamento, sua autoridade ainda é moral e/ou judicialmente obrigatória hoje. “O ponto metodológico, então, é que pressupomos nossa obrigação de obedecer qualquer mandamento do Antigo Testamento, a menos que o Novo Testamento indique de outra forma. Devemos assumir a continuidade com o Antigo Testamento, e não uma descontinuidade. Isso não é dizer que não há nenhuma mudança do Antigo para o Novo Testamento. De fato, há – e mudanças importantes! Contudo, a palavra de Deus deve ser o padrão pelo qual definimos precisamente o que aquelas mudanças são para nós; não podemos assumir por nós mesmos tais mudanças ou lê-las no Novo Testamento”.
          Essa posição tem produzido certa quantidade de oscilações e variações exegéticas. “Existem”, Bahnsen escreve, “descontinuidades culturais entre a instrução moral bíblica e a nossa sociedade moderna. Esse fato não implica que o ensino ético da Escritura esteja invalidado para nós; ele simplesmente requer uma sensibilidade hermenêutica”. “A sensibilidade hermenêutica” permite um grau de extensão do significado – quanto, ninguém pode dizer antecipadamente. Mas todo sistema intelectual e judicial eventualmente adota uma qualificação similar; a mente humana não é digital nem infalível. Todavia, os teonomistas estão em relativa desvantagem em termos de criar um sistema apologético sistemático, visto que eles afirmam que a Bíblia é relevante para cada área da vida, não de maneira geral e superficial, mas especificamente. Isso contribui para uma apologética complexa, detalhada e difícil.
          Em geral, contudo, a precisão da definição de teonomia fornecida por Bahnsen tem levado a uma produção extensiva de obras teológicas que a aplicam a toda a gama de assuntos bíblico-teológicos, incluindo a teoria social.

          Em artigo separado (http://teologicasreflexoes.blogspot.com.br/2013/07/eclesiologia-prisma-dispensacionalista.html) já descrevi o porque de eu não ser "teonomista", isto é, o fato de eu acreditar em uma teologia da descontinuidade, quando se ressalta a diferenciação, que acredito ser, bíblica entre Igreja e Israel. Esse ponto de vista definirá, logicamente, toda a visão bíblica do indivíduo, a saber, se o mesmo crer no teonomismo, via de regra, não poderá crer no arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação, pois, um evento depende do outro, o que se percebe no desenrolar escatológico (o que tratarei em momento mais oportuno e artigo distintamente separado para esse fim).

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