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terça-feira, 2 de julho de 2013

Eclesiologia (Prisma Dispensacionalista)



 Etimologia: A palavra ekklhsia significa “convocar para fora”. Entre os gregos (contexto pagão) esta palavra era usada para descrever um corpo de cidadãos reunidos com a finalidade de discutir os assuntos do estado (At 19. 39). Já na septuaginta (contexto judaico) é usado para designar o ajuntamento de Israel, com qualquer propósito e mesmo o ajuntamento considerado o representante da nação inteira. No Novo Testamento (contexto cristão) Cristo utilizou esta palavra para nomear o grupo a respeito do qual disse: “[Eu] edificarei a minha igreja” (Mt 16. 18; acréscimos meus). Isto é, a “igreja” é o conjunto de todos os crentes professos.

As Divisões da Eclesiologia: A eclesiologia basicamente se divide em três partes que são: 1- A revelação paulina a respeito de um novo grupo de pessoas redimidos, constituído tanto de gentios, como de judeus; 2- assembléia daqueles que em qualquer lugar se reúnem em nome de Jesus; e 3- o andar e servir daqueles que são salvos;

Contrastes Entre Israel e a Igreja:

1- a extensão da revelação bíblica;

2- o propósito divino: o pacto e a promessa de Israel são terrestres, esta será uma nação respeitada na terra. Enquanto que a igreja é uma realidade celestial, ela continuará sua cidadania no céu;

3- A semente de Abraão: em relação à descendência de Abraão Israel é o pó da terra, enquanto a igreja as estrelas do céu (Gn 13. 16). Todavia, só pode ter sido “gerado de Abraão” aquele que o é pela “carne”, ou seja, realmente possui parentesco com este. Ou então pela fé, isto é, que possui semelhante fé a deste patriarca.

4- O Nascimento: os israelitas pertencem a este povo pelo nascimento físico, a igreja pelo nascimento da água e do espírito (Jo 3. 5);

5- Jesus como cabeça: Israel é chamado literalmente de “descendência de Abraão”, em certo sentido é este servo de Deus que é a cabeça desta nação. Já a igreja possui o Senhor Jesus Cristo como cabeça;

6- Pactos: Israel foi alvo de pactos incondicionais realizados por Deus, e ainda Deus realizará outro pacto subdividido em quatro partes, com este povo (“se converterão, a lei estará em seu interior, ouvirão a voz do Senhor e cumprirão seus mandamentos”; Dt 30. 8; Jr 31. 31-33). Mas, estes quatro aspectos já fazem parte da vida presente da igreja;

7- Nacionalidade: Israel pertence à terra e ao sistema do mundo. Em oposição a isto esta o fato de que a igreja é composta por todas as nações, inclusive por habitantes da nação de Israel.

8- As dispensações: Enquanto que Israel está presente em praticamente todas as dispensações, a igreja apenas foi introduzida nesta atual, isto é a da graça.

9- O Ministério: embora Israel deve-se ser luz para o mundo, não havia nenhuma espécie de Evangelho a ser proclamado, e aconteceu que Israel manteve uma adoração centrada em si mesma. Já a igreja desde seu início tornou-se uma sociedade missionária para todo o mundo.

10- A Morte de Cristo: Israel foi responsável pela morte de Jesus, e ainda assim será salva por ela. Agora a igreja já é dependente da oferta do cordeiro para a salvação de cada membro;

11- O Pai: para Israel Deus não é conhecido com o título de “Pai”. Para a igreja sim;

12- Cristo: para Israel Cristo é o Emanuel, para a igreja é o Salvado pessoal;

13- O Espírito Santo: para Israel agia somente em casos excepcionais e com pessoas específicas e ainda assim após o cumprimento do propósito pelo qual havia vindo se, Ele retirava. O cristão é habitado pelo Espírito Santo;

14- O Princípio Governante: Por 15 séculos a Lei foi à regra de conduta e existência para Israel. Para a igreja o que impera é lei da graça e do Espírito;

15- A Capacitação Divina: a Lei não possui poder capacitador. Mas para igreja da mesma forma que exigências sobre-humanas lhe são feitas, também lhe é concedido um poder sobrenatural para o atendimento de cada uma delas;

16- Os Discursos de Despedida: Muitos dias antes de sua partida Cristo fez um discurso de despedida para a nação de Israel (Mt 23. 37- 25. 46). Muito diferente disto, no dia anterior a sua partida (entenda-se partida como morte), Cristo fez seu discurso de despedida para os cristãos;

17- A Promessa do Retorno de Cristo: para Israel o retorno de Cristo é demonstrado em poder e glória como Rei. Já com a igreja do retorno de Cristo é dito que vem para tomar a igreja consigo para a sua glória, como esposo;

18- A Posição: Isaías declara “mas tu Israel pé meu servo” (Is 41. 8). Enquanto que os membros da igreja são designados como membros da família de Deus;

19- O Reino Terreno de Cristo: Israel será súdito no reino de Cristo aqui na terá. Enquanto que a igreja deverá governar juntamente com Jesus;

20- O Sacerdócio: a nação de Israel possuía um sistema sacerdotal. Mas, a igreja é um sacerdócio;

21- O Casamento: Israel como nação é vista como uma esposa infiel que será restaurada. Já a igreja é vista como a noiva que se casará com seu Senhor no céu;

22- Os Juízos: é dito que Israel passará por julgamento (Ez 20. 33-44; Mt 25. 1-13). Todavia, da igreja se fala que não passará por julgamento (Jo 5. 24; Rm 8. 1);


23- A Posição na Eternidade: o escritor aos Hebreus fala que haverá na Nova Jerusalém aqueles que são identificados como “os espíritos dos justos aperfeiçoados”, isto é os santos do Antigo Testamento, que são chamados de “justos” enquanto nesta vida. Mas o mesmo escritor revela nesta passagem que estarão lá também aqueles que são conhecidos como participantes da “igreja dos primogênitos” (Hb 12. 22-24).

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